domingo, janeiro 08, 2012

O caminho para o tratamento I

E tem outro jeito? Não mesmo! A questão é enfrentar. Ao receber o resultado uma amiga escreveu o email para mim assim:"Olha não é uma notícia excelente, mas tá tudo sobre o controle!" e o resultado tava lá... Carcinoma Ductal invasivo... Carcinoma esse era o nome da pedra no meu sapato. Eu tinha ido para Viena ver uma tal troca de relógio de gás no apartamento, do docinho, e acabei ficando por lá. Era o último dia de verão. Já que eu não sabia o que aquilo significava aproveitei para sair com duas amigas e ir almoçar por que eu sabia que seriam como eu já disse tempos inquietantes. Uma amiga que mora aqui e teve câncer de mama novinha, pouco mais de 20 anos, disse que meu resultado não era tão ruim. E que poderia ser que o meu caso fosse parecido com o dela. Até então para mim a palavra câncer era um substituto para pena de morte. E acho que para muita gente é. Ela me disse eu tive o mesmo que você e talvez não seja preciso quimioterapia. E explicou o caso dela que foi parecido com o de muitas pacientes. A primeira coisa que pensei ao chegar em casa no sábado e dizer ao Franz, o resultado era, quero voltar para casa agora. A coisa já tinha ficado pesada por causa das férias no Brasil que foram para mim super difíceis e ele não facilitou nada. Se comportou de forma infantil. Nem vale falar sobre o assunto por que de verdade eu fiquei bem magoada, e as atitudes infantis me deixaram muito amargurada. E claro não dá para viver com alguém que passa o tempo todo reclamando das coisas e se fazendo de mais importante do que realmente é. Além de tudo eu já havia decidido voltar ao Brasil, após o semestre de inverno, em fevereiro. Então um semestre ainda nem iniciado me deixava no lucro além da possibilidade de voltar a trabalhar que para mim foi a primeira pergunta que fiz a mastologista quando ela disse que parecia sim um câncer e pré-existente a bastante tempo. A questão toda era comprar a passagem e chegar rápido ao Brasil para iniciar o tratamento. Eu já buscava passagens e arrumava malas com uma amiga veio até aqui em casa e a outra me ligou via skype e disse, tem um hospital aqui perto da minha casa que tem uma clínica ginecológica com um ambulatório de doenças de mama. Ela disse vamos ouvir uma segunda opnião. Amanhã você irá comigo a minha médica e pegamos um encaminhamento para lá. O que fizemos na segunda-feira seguinte. Mas por causa de um problema com o meu cartão que havia vencido desde junho e eu nem sabia acabei tendo que voltar no dia seguinte. Embora minha amiga tenha levado o resultado da biopsia brasileira e conversado com a médica. O que foi bem animador. E já fez a indicação para o hospital universitário daqui de Viena, AKH, que tem um ambulatório de doenças de mama com pesquisas bastante avançadas. No dia seguinte lá estava eu de volta, com o cartão do plano de saúde e problema resolvidos, ela me deu a guia, fui direto para o AKH marquei a consulta para o dia seguinte.

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